sábado, 26 de junho de 2010
Em amor, o absoluto é um queijo suiço.
Ele diz: Eu te amo. E o que a gente ouve não é: " Eu te amo tanto quanto posso dentro das limitações dessa relaçãoe desse meu momento de vida,dentro das minhas própias limitações, dos meus medos e dos meus fechamentos." A gente ouve: "Eu te amo totalmente, para sempre, sem que nada, antes ou depois do nosso encontro, supere esse sentimento." Ele fala de si, e nós ouvimos o cosmos. Ele fala de hoje, e nós entendemos o eterno. A culpa é nossa, então, por ouvirmos errado ? Não. Ele também, ao falar dentro de sua pequena dimensão humana, está se iludindo com as grandes medidas. Ao dizer "Eu te amo" , assume o papel do grande amante , torna-se o amor absoluto encarnado.
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